Tuesday, December 24, 2013

Arriscar é: delicioso

O Papa Francisco dedica mais horas a saudar, abraçar e beijar pessoas de todas as idades do que a falar e a ler discursos. 
Que delicia!!!!

Santo Natal com muito Jesus.




Thursday, December 05, 2013

Arriscar é: grande como o Ghandi

Perguntaram a Mahatma Gandhi quais são os fatores que destroem os seres humanos. Ele respondeu:

 "A Política, sem princípios; o Prazer, sem compromisso; a Riqueza, sem trabalho; a Sabedoria, sem caráter; os Negócios, sem moral; a Ciência, sem humanidade; a Oração, sem caridade.

A vida ensinou-me que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável; que as pessoas são tristes, se estou triste; que todos me querem, se eu os quero; que todos são ruins, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio; que há faces amargas, se eu sou amargo; que o mundo está feliz, se eu estou feliz; que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva e, que as pessoas são gratas, se eu sou grato.

A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante a mim. Quem quer ser amado, ame. O caminho para a felicidade não é reto.

Existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados AMIGOS, luzes de cautela chamadas FAMÍLIA, e tudo se consegue se tens: uma base chamada DECISÃO, um motor poderoso chamado AMOR, um bom seguro chamado FÉ, combustível abundante chamado PACIÊNCIA, mas acima de tudo um "motorista" habilidoso chamado DEUS!"
Mahatma Gandhi.

Monday, December 02, 2013

Arriscar é: procurar o que não tem

Quando Gandhi estudava Direito no Colégio Universitário da London University de Londres, um professor de sobrenome Peters costumava embirrar com ele, mas o estudante nunca se deixou intimidar. 
Um dia o professor  Peters almoçava no restaurante da Universidade e o aluno veio com o seu prato e sentou-se ao lado do mestre. Altivo, Peters disse:
- Gandhi, você não entende... Um porco e um pássaro não se sentam juntos para comer. 
Gandhi respondeu prontamente:
- Fique descansado, professor... Eu vou já voar daqui para fora. 
E mudou-se para outra mesa. 
O Mr. Peters ficou cheio de raiva e decidiu vingar-se no próximo teste. Porém o aluno respondeu de forma brilhante a cada pergunta. 
Então, o professor, ao devolver-lhe a prova corrigida ainda lhe fez mais uma pergunta: 
- Ghandi, você vai na rua e encontra um saco. Dentro dele estão a sabedoria e uma grande quantidade de dinheiro. Qual dos dois você escolhe? 
Gandhi respondeu sem hesitar: 
- É claro, professor, que fico com o dinheiro! 
Peters, com ares de superioridade, disse:
 - Eu cá, escolheria a sabedoria! 
Ghandi, sereno, afirmou:
- Pois claro, professor. Cada um escolhe o que não tem...
O professor Peters ficou histérico e, antes de entregar a prova escrita escreveu na folha: "Idiota". 
O jovem Gandhi recebeu a folha, leu-a e depois de alguns minutos dirigiu-se ao professor e disse:
- Mr. Peters, reparei que o senhor assinou a minha prova, mas não colocou a nota...
(adaptado) 

 

Monday, November 25, 2013

Arriscar é: preparar o encontro

A festa do encontro começa no empenho da sua preparação.
O encontro, quando é casual já é maravilhoso, mas quando é 
sonhado e concretizado, ainda é melhor.
Não adiemos. Preparemos e vivamos a alegria do encontro
que tanto nos acrescenta.

Thursday, November 21, 2013

Arriscar é: ser feliz ou ter razão?


Oito da noite, numa avenida movimentada.
O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo e ela consultou o mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire,
na próxima rua, à esquerda. Ele tem a certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que, além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela
deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Ele então admite que insistiu no caminho errado, enquanto volta para trás.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava a ir pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!
MORAL DA HISTÓRIA
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma
palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar
quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão,
independentemente, de tê-la ou não.
Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência:
'Quero ser feliz ou ter razão?
Outro pensamento parecido, diz o seguinte: "Nunca se justifique; os amigos
não precisam e os inimigos não acreditam".
Eu já decidi... EU QUERO SER FELIZ e você?

Monday, November 18, 2013

Arriscar é: sentimento de segurança

Mais do que aquilo que nos podem tirar,
o pior é o sentimento de insegurança que se instala em nós.
Isto pode acontecer de diversas maneiras. Ou pelos ladrões,
ou pelos que nos defraudam as relações, as catástrofes naturais,
a doença, o acidente...
Quando acontece percebemos porque a segurança é parte das nossas
necessidades básicas.
Será necessário uma boa saúde mental e uma boa rede social de suporte.
A tudo juntando uma fé esclarecida e adulta.

Tuesday, November 12, 2013

Arriscar é: florescer


Arriscar é: ouvir e calar

Quantas relações e vidas atrapalhadas por 
ouvir pouco e falar muito.
Ouvir mais e até ao fim. Calar mais as palavras da argumentação.
Fale mais o silêncio, a humildade e a contemplação.

Wednesday, October 30, 2013

Tuesday, October 29, 2013

Arriscar é: ver

As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as imensas ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto domínio do oceano, o movimento circular das estrelas, e no entanto elas passam por si mesmas sem se admirarem.

                                                          Santo Agostinho

Thursday, October 24, 2013

Arriscar é: conhecer

Não se esforce por ser alguém conhecido. Queira antes ser alguém que vale a pena conhecer!
(autor desconhecido)

Tuesday, October 15, 2013

Arriscar é: santidade

A santidade para uns mantém-se uma constante ao longo da vida. Desde cedo.
Para outros a meio da vida há algo que os faz aderir ao caminho.
Ainda há uns que no fim aderem, pela decisão certa, à eternidade.
Creio que é uma questão de horas. Elas chegam e felizes os que estão preparados
para dizer sim ao AMOR.

Friday, October 11, 2013

Arriscar é: único

Impressão digital

Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros, gnomos e fadas
num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos
onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.


António Gedeão, Movimento Perpétuo

Friday, October 04, 2013

Arriscar é: angelical

Foi-nos dado um anjo por Deus.
Esse que nos tenta livrar dos perigos do medo e desamor.
Mas também temos os anjos visíveis.
Saber merecê-los e agradecer-lhes é muito importante.
Além disso é importante estimá-los. São o que nós
somos para outros e quem não gosta de ao menos ser bem acolhido por quem cuida?

Monday, September 30, 2013

Arriscar é: por outro lado

Escolher o lado para onde se olha ou por onde se olha
é muito significativo.
Ganhar, perder, vitória, derrota estão muito marcados pela subjectividade. 
Até aqui tudo bem. O problema é quando se quer impor como o único lado.
Dos casais, dos amigos, aos políticos e religiosos vemos muitas relações serem interrompidas
pela incapacidade não de concordância mas respeito. 
Podemos não concordar mas não devemos permitir que o outro lado nos afaste das pessoas.

Friday, September 27, 2013

Arriscar é: não confundir-se

Jesus sabia se O identificassem como o Filho de Deus antes
da cruz ficariam confundidos.
Pede aos seus que guardem esse segredo.
Fez-me lembrar o outono.
Quem vê cair as folhas pensa que é o fim.
Contudo, sabemos que é um morrer para dar vida.
É assim em tantos momentos da nossa vida.
Feliz o que não se confundir...

Tuesday, September 24, 2013

Arriscar é: como nós


Como eu gostaria de ser padre para pregar sobre a Santíssima Virgem! Bastar-me-ia uma única vez para dizer tudo o que penso sobre este assunto. 


Em primeiro lugar, faria compreender até que ponto conhecemos mal a sua vida. Não podemos dizer coisas inverosímeis ou que desconhecemos; por exemplo, que ainda pequenita, com três anos, foi ao Templo oferecer-se a Deus com sentimentos extraordinários e ardentes de amor, quando talvez lá tenha ido apenas para obedecer aos pais. […] Para que um sermão sobre a Santíssima Virgem me agrade e me faça bem, é preciso que eu veja a sua vida real e não a sua vida imaginada; e tenho a certeza de que a sua vida real devia ser muito simples. Mostram-no-la inacessível, quando era preciso mostrá-la imitável, dar ênfase às suas virtudes, dizer que ela vivia de fé como nós, e apresentar provas disse com o Evangelho, onde lemos: «Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse» (Lc 2,50). E esta outra, não menos misteriosa: «Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam» (Lc 2,33). Esta admiração pressupõe um certo espanto, não acham? 


Sabemos bem que a Santíssima Virgem é a Rainha do Céu e da terra, mas ela é mais mãe que rainha e não podemos dizer que, pelas suas prorrogativas, eclipsa a glória de todos os santos, como o sol que, quando se eleva, faz desaparecer as estrelas. Meu Deus! Como isto é estranho! Uma mãe que faz desaparecer a glória dos seus filhos! Eu penso que, pelo contrário, ela aumentará em muito o esplendor dos eleitos. É bom falar das suas prorrogativas, mas sem nos determos nisso. […] Quem sabe se alguma alma não sentirá mesmo um certo distanciamento de uma criatura tão superior, e não dirá: «Já que é assim, mais vale irmos brilhar como pudermos num cantinho.» 


O que a Santíssima Virgem tinha a mais que nós é que não podia pecar, estava isenta da mancha original; mas, por outro lado, teve menos sorte que nós, pois não tinha uma Santíssima Virgem a quem amar, e isso é um consolo tão grande para nós.



Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja 
Últimas conversas, 21/08/1897 

Monday, September 23, 2013

Arriscar é: comentar?

Hoje comenta-se a metro e por encomenda.
Só assim se entende que se gastem horas com os comentadores 
a debitarem controvérsia ao quilo...
Parece que os comentadores existem para serem comentados.
Andam ainda num despe e veste de camisola conforme a circunstancia.
Deve ser uma estafa.
Aqui são isentos, ali já não.
Creio que o mal é a atenção que ainda lhe dão.

Thursday, September 19, 2013

Arriscar é: ser a favor

Às vezes apetece desafiar-me e desafiar a não sermos do contra.
Por tudo e por nada somos do contra.
Instala-se em nós essa maneira de ser que nos tornamos insuportaveis.
Ainda não disseram nada e já estamos com o não na boca.
Assim somos cansativos e à nossa volta o que fica é só o silêncio da solidão.
Arrisca. Não tens que ser sempre do contra, ou implicativo, ou desmancha prazeres.


Monday, September 16, 2013

Arriscar é: ser parvo

Continua a encontrar-se gente que vive como fosse o único
e o primeiro de todos os seres humanos.
E ao contrário de se achar muito original
a figura que faz é de pateta.
Além de acrescentar pouco pela qualidade e pelos valores,
o mais certo é falhar onde muitos já caíram antes.
É o que acontece a quem não conta com a vida à sua
volta com liberdade sim, mas também com responsabilidade e sabedoria.

Friday, September 13, 2013

Arriscar é: amar

Amar é um caminho que não se faz sozinho.
Para além de necessitarmos de outra pessoa
para que o amor se actualize o amor
não é possível sem caminhar sempre com o perdão.
Amor sem perdão não existe.
Porque, quer o amante, quer o amado,
são falíveis.
Como é possível o amor sem o perdão?...

Monday, September 09, 2013

Arriscar é: PPV

Programa pessoal de vida.
Existem tempos em que a vida nos desafia.
Este é um deles.
É tempo de recomeçar e redefinir caminhos.
Nada de novo.
Pegar em tudo o que já é, e ir mais fundo.
No corpo. Na alma. Na família. No trabalho.
Com a bênção de Deus.

Monday, September 02, 2013

Arriscar é: democracia

 *... e continua actual !**

Cruzei-me há pouco com um amigo na rua e parámos a comentar os recentes
acontecimentos.
Dizia-me ele que já não acreditava em qualquer solução democrática.
Perante essa desilusão, perguntei-lhe porquê e a resposta deixou-me a
meditar:
-Porque a primeira consulta democrática de que há memória, foi a de Pôncio
Pilatos ao povo:

- "Quem quereis que vos solte, Cristo ou Barrabás?"

**E o povo escolheu o ladrão...*

Arriscar é: liberdade

Começa a circular a transcrição de uma entrevista feita com o atual Papa quando ele era o então Cardeal Bergoglio, na Argentina. Na realidade, foi uma emboscada realizada pelo jornalista Chris Mathews da MSNBC, mas Bergoglio encurralou Mathews de tal forma que a entrevista nunca foi ao ar porque, ao perceber que seu plano havia falhado, Mathews arquivou o vídeo. Porém, um estudante de Notre Dame, que prestava serviços sociais na MSNBC, apoderou-se dele e o deu para seu professor.

O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza. A entrevista começou quando o jornalista, tentando embaraçar o Cardeal, perguntou-lhe o que ele pensava sobre a pobreza no mundo.
O Cardeal respondeu:
" - Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes.
- E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso ninguém questiona. Eu me esforço para lutar contra esta pobreza.
- A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema.
- Devemos ensinar as pessoas como salvar sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo os conduza a esse estado lastimável "
Mathews pergunta: - O senhor culpa o governo?
" - Eu culpo os políticos que buscam seus próprios interesses. Você e seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta vossa ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas".
Replica Mathews: - Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um cardeal.
" - As pessoas dominadas pelos socialistas precisam saber não têm que ser pobres"´´
Ataca Mathews: - E a América Latina? O senhor quer negar o progresso conseguido?
"O império da dependência foi criado na Venezuela por Hugo Chávez, com falsas promessas e mentindo para que se ajoelhem diante de seu governo. Dando peixe ao povo, sem lhes permitir pescar. Se na América Latina alguém aprende a pescar é punido e seus peixes são confiscados pelos socialistas. A liberdade é castigada.
- Você fala de progresso e eu falo de pobreza. Temo pela América Latina. Toda a região está controlada por um bloco de regimes socialistas, como Cuba, Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua. Quem vai salvá-los (a América Latina) dessa tirania?"
Acusa Mathews: - O senhor é um capitalista.
" - Se pensarmos que o capital é necessário para construir fábricas, escolas, hospitais, igrejas, talvez eu seja capitalista. Você se opõe a este raciocínio?"
- Claro que não, mas o senhor não acha que o capital é retirado do povo pelas corporações abusivas?
- "Não, eu acho que as pessoas, através de suas escolhas econômicas, devem decidir que parte do seu capital vai para esses projetos. O uso do capital deve ser voluntário. Só quando os políticos se apropriam (confiscam) esse capital para construir obras públicas e para alimentar a burocracia é que surge um problema grave. O capital investido voluntariamente é legítimo, mas o que é investido com base na coerção é ilegítimo ".
- "Suas idéias são radicais", diz o jornalista.´´
- "Não. Há anos Khrushchev advertiu: "Não devemos esperar que os americanos abracem o comunismo, mas podemos ajudar os seus líderes com injeções de socialismo, até que, ao acordar, eles percebam que abraçaram o comunismo". Isto está acontecendo agora mesmo no antigo bastião da liberdade. Como os EUA poderão salvar a América Latina, se eles próprios se tornarem escravos de seu governo? "
Mathews diz: - "Eu não consigo digerir (aceitar) tal pensamento".´´
O Cardeal respondeu: - "Você está muito irritado porque a verdade pode ser dolorosa. Vocês (os socialistas) criaram o estado de bem-estar que consiste apenas em atender às necessidades dos pobres, pobres esses que foram criados por vocês mesmos, com a vossa política. O estado interventor retira da sociedade, a sua responsabilidade. Graças ao estado assistencialista, as famílias deixam de cumprir seus deveres para obterem o seu bem-estar, incluindo as igrejas. As pessoas já não praticam mais a caridade e veem os pobres como um problema de governo. - Para a igreja já não há pobres a ajudar, porque foram empobrecidos permanentemente e agora são propriedade dos políticos. E algo que me indispõe profundamente, é o fato dos meios de comunicação observarem o problema sem conseguir analisar o que o causa. O povo empobrece e logo em seguida, vota em quem os afundou na pobreza ".

Arriscar é: visitar

O padre de uma igreja decidiu observar as pessoas que entravam para orar.  
A porta se abriu e um homem de camisa esfarrapada entrou pelo corredor central.

O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora.  Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia. Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita.

A curiosidade do padre crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali.
O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jim.

Disse que o almoço havia sido há meia hora atrás e que reservava o tempo restante para orar, que ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali.

E disse a oração que fazia: 

'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em você todos os dias. Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'

O padre, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse.

'É hora de ir' - disse Jim sorrindo. Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta.

O padre ajoelhou-se diante do altar, de um modo como nunca havia feito antes.

Teve então, um lindo encontro com Jesus. 
Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem...

'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não  sei bem como devo orar mas penso em você todos os dias. 
Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'

Certo dia, o padre notou que Jim não havia aparecido.Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e descobriu que estava enfermo.

Durante a semana em que Jim esteve no hospital, a rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante.

A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como Jim não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada!

Ao encontrá-lo, o padre colocou-se ao lado de sua cama. Foi quando Jim ouviu o comentário da enfermeira: 

- Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!!

Parecendo surpreso, o velho virou-se para o padre e disse com um largo sorriso:

- A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz:

'Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias. 
Agora sou eu quem o está observando... E cuidando!'. 

Wednesday, July 31, 2013

Arriscar é: inacabado

A arte do inacabado
É-nos dito e repetido que o tempo bem aproveitado é um contínuo, tendencialmente ininterrupto, que devemos esticar e levar ao limite. A maioria de nós vive nessa linha de fronteira, em esforçada e insatisfeita cadência, a desejar, no fundo, que a vida seja o que ela não é: que as horas do dia sejam mais e maiores, que a noite não adormeça nunca, que os fins de semana cheguem para salvar-nos a face diante de tudo o que fica adiado.Quantas vezes damos por nós a concordar automaticamente com o lugar comum: “precisava que o dia tivesse quarenta e oito horas” ou “precisava de meses de quarenta dias”. Desconfio que não seja isso exatamente o que precisamos. Bastaria, aliás, reparar nos efeitos colaterais das nossas vidas sobreocupadas, no que fica para trás, no que deixámos por dizer ou acompanhar.Sem darmos bem conta, à medida que os picos de atividade se agigantam, as nossas casas vão-se assemelhando a casas devolutas, esvaziadas de verdadeira presença; a língua que falamos torna-se incompreensível como uma língua sem falantes no mundo mais próximo; e mesmo que habitemos a mesma geografia e as mesmas relações parece que, de repente, isso deixou de ser para nós uma pátria e tornou-se uma espécie de terra de ninguém.O ponto de sabedoria é aceitar que o tempo não estica, que ele é incrivelmente breve e, que por isso, temos de vivê-lo com o equilíbrio possível. Não nos podemos iludir com a lógica das compensações: que o tempo que roubamos, por exemplo, às pessoas que amamos procuraremos devolvê-lo de outra maneira, organizando um programa ou comprando-lhes isto e aquilo; ou que o que retiramos ao repouso e à contemplação vamos tentar compensar numas férias extravagantes.A gestão do tempo é uma aprendizagem que, como indivíduos e como sociedade, precisamos fazer. Nisto do tempo, por vezes é mais importante saber acabar do que começar, e mais vital suspender do que continuar.Lembro-me que durante anos, numa casa em que vivi, ouvia diariamente o varredor público limpar as folhas caídas do grande lódão, por baixo da minha janela. Ele chegava por volta da 1 da manhã, mais coisa menos coisa. A música da sua vassoura era uma chamada a concluir e a recolher-me. Também eu precisava varrer a minha dispersão e apagar a luz até ao dia seguinte.Mas até esse exercício de interromper um trabalho para passar ao repouso não nos é fácil, pelo menos em certa idade. Isso implica, não raro, um exercício de desprendimento e de pobreza. Aceitar que não atingimos todos os objetivos que nos tínhamos proposto. Aceitar que aquilo aonde chegamos é ainda uma versão provisória, inacabada, cheia de imperfeições. Aceitar que nos faltam as forças, que há uma frescura de pensamento que não obtemos mecanicamente pela mera insistência. Aceitar porventura que amanhã teremos de recomeçar do zero e pela enésima vez.Creio que o momento de viragem acontece quando olhamos de outra forma para o inacabado, não apenas como indicador ou sintoma de carência, mas condição inescusável do próprio ser. Ser é habitar, em criativa continuação, o seu próprio inacabado e o do mundo. O inacabado liga-se, é verdade, com o vocabulário da vulnerabilidade, mas também (e eu diria, sobretudo) com a experiência de reversibilidade e de reciprocidade.A vida de cada um de nós não se basta a si mesma: precisaremos sempre do olhar do outro, que é um olhar o outro, que nos mira de um outro ângulo, com uma outra perspetiva e outro humor. A vida só por intermitências se resolve individualmente, pois o seu sentido só se alcança na partilha e no dom.
José Tolentino Mendonça
In Expresso, 20.7.2013 




Tuesday, July 30, 2013

Arriscar é: por isto ou por aquilo

Parece que anda tudo a empatar.
Pega-se nisto ou naquilo só para desestabilizar.
Não é para fazer, é para chatear.
Tantos comentadores !!!É assim no emprego, na família, na vizinhança, na politica...
Mas o que é que se passa?
Cansaço, palermice, burrice, mesquinhez...
Afinal onde se quer chegar com tudo isto?
Parece que não querem viver nem deixar viver.
Apetece fazer reset e começar de novo.
Se não querem deixem os outros viver e viver sossegados.
Não basta não viverem como ainda o querem impor aos outros.

Thursday, July 25, 2013

Arriscar é: ginástica financeira

Imaginem que um casal chega a um hotel da vossa terra e pergunta quanto custa um quarto para o fim-de-semana.
O recepcionista responde: 100 euros pelos 2 dias.
Muito bem. Responde o cavalheiro. Mas gostaríamos de conhecer as vossas instalações antes de reservarmos. O quarto, a piscina, o restaurante...
- Não há problema, responde o recepcionista. Os Srs. deixam uma caução de 100 euros, levam a chave e podem visitar as nossas instalações à vontade.
Se não gostarem nós devolvemos o dinheiro.
- Combinado, disse o casal.
Deixaram os 100 euros e foram visitar o hotel.

Acontece que:
O recepcionista devia 100 euros à mercearia do lado e foi a correr pagar a dívida.
O merceeiro devia 100 euros na sapataria e foi a correr pagar a dívida.
O sapateiro devia 100 euros no talho e foi a correr pagar a dívida.
O talhante devia 100 euros à agência de viagens e foi a correr pagar a dívida.
O dono da agência devia 100 euros ao hotel e foi a correr pagar a dívida…

Nisto o casal completou a visita e informou que afinal não vai ficar no hotel.
- Não há problema. Tal como lhe disse, aqui tem o seu dinheiro, devolveu o recepcionista.

Conclusão:
Toda a gente pagou a quem devia... sem dinheiro nenhum.
O casal levou os 100 euros que pagaram todas as 5 dívidas no valor total de 500 euros.
Ponham aqui os olhos e percebam que todo o sistema financeiro pode ser uma fraude.
Zero euros pagaram 500 em dívida.
E podíamos continuar indefinidamente.

Como disse Milton Friedman:
"Não perguntem onde está o dinheiro porque ele não está em lado nenhum!"

Arriscar é: suspender


Entramos num pequeno café com um amigo meu e fizemos o nosso pedido. 

Enquanto estamos a aproximar-nos da nossa mesa,  duas pessoas chegam e vão para o balcão:

 - "Cinco cafés, por favor.   Dois deles para nós e três suspensos."

 Eles pagaram a sua conta, pegaram em dois e saíram.

 Perguntei ao meu amigo:

 - "O que são esses cafés suspensos?"

 O meu amigo respondeu-me:

 - "Espera e vais ver."

 

Algumas pessoas mais entraram.

Duas meninas pediram um café cada, pagaram e foram embora.

A ordem seguinte foi para sete cafés e foi feita por três advogados - três para eles e quatro "suspensos".

 Enquanto eu ainda me pergunto qual é o significado dos "suspensos" eles saem. 

 De repente, um homem vestido com roupas gastas que parece um mendigo chega  e pede cordialmente:

 - "Você tem um café suspenso?"

 

  Resumindo, as pessoas pagam com antecedência um café que servirá para quem não pode pagar uma bebida quente.

  Esta tradição começou em Nápoles, mas espalhou-se por todo o mundo e nalguns lugares é possível encomendar não só cafés "suspensos" mas também uma sandes ou refeição inteira.

 

  Partilhem e divulguem esta ideia.    Pode ser que também pegue entre nós...

 

Wednesday, July 24, 2013

Arriscar é: ter vontade

A vontade também cresce ou diminui.
Muitas vezes quanto mais fazemos algo mais vontade temos.
Quanto menos fazemos, menos nos "apetece", como hoje se diz.
Passa-se com coisas como a leitura, o exerício físico, o estar com os outros...
Hoje lembro apenas estas.
Apesar de a vontade nestes campos se perder ela pode recuperar-se.
Dá é mais trabalho.
Daí que o melhor é não deixar que a vontade aqui desça muito.
Recomeçar é custoso, mas ainda assim, vale a pena.

Tuesday, July 23, 2013

Arriscar é: celebrar

Hoje pouco se encontram as pessoas para além dos funerais.
A este momento não se escapa. Muitos nos revemos pelos velórios.
Se não houver esforço e decisão para celebrar tantos outros momentos da vida, não nos encontramos senão nos velórios... até ao nosso!

Tuesday, July 16, 2013

Arriscar é: nadar

Chegar ao fim sem nada...
Eis um bom ideal.
Assim se passou com Jesus.
O despojamentoé um ato de profunda liberdade.
Ainda para mais quando ele contribui para que os outros tenham e vivam.
Jesus deu a Vida para que nós a tenhamos.

Thursday, July 11, 2013

Arriscar é: consertar

«Um casal de 30 anos pergunta a um outro de 80 casados há mais de 50 como permaneceram juntos tanto tempo. Ao que eles responderam: " Sabe? É q nós somos do tempo em que nada se deitava fora. Apenas se concertava"»
(anónimo)

Friday, July 05, 2013

Arriscar é: visitar

A avó celebra o aniversário dos seus 98 anos. A sua família reserva todo um restaurante e, quando a festa está em pleno um dos seus netos, Armindo (50 anos) pergunta-lhe :
- Avó, desculpa abordar-te o assunto, mas devido à tua
idade, talvez fosse altura de te exprimires sobre as tuas exéquias.
Todas as discussões pararam e ficam suspensas dos lábios de Maria.
-Eu quero ser cremada, diz a Maria, e acrescenta; e também desejo que as minhas cinzas sejam dispersas no Parque de estacionamento do “Supermercado Continente”.
Espanto geral!
-Mas avó porquê o parque do Supermercado ?
-Não preferes um lugar mais propício ?
-Não! prefiro o parque de estacionamento porque assim terei a certeza que vocês virão visitar-me pelo menos uma vez por semana…

Monday, July 01, 2013

Arriscar é: vigarizar

Origem do conto do Vigário
Vivia há já não poucos anos, algures, num concelho do Ribatejo, um pequeno lavrador, e negociante de gado, chamado Manuel Peres Vigário.
Da sua qualidade, como diriam os psicólogos práticos, falará o bastante a circunstância que dá princípio a esta narrativa. Chegou uma vez ao pé dele certo fabricante ilegal de notas falsas, e disse-lhe: «Sr. Vigário, tenho aqui umas notazinhas de cem mil réis que me falta passar. O senhor quer? Largo-lhas por vinte mil réis cada uma.» «Deixa ver», disse o Vigário; e depois, reparando logo que eram imperfeitíssimas, rejeitou-as: «Para que quero eu isso?», disse; «isso nem a cegos se passa.» O outro, porém, insistiu; Vigário cedeu um pouco regateando; por fim fez-se negócio de vinte notas, a dez mil réis cada uma.
Sucedeu que dali a dias tinha o Vigário que pagar a uns irmãos negociantes de gado como ele a diferença de uma conta, no valor certo de um conto de réis. No primeiro dia da feira, em a qual se deveria efectuar o pagamento, estavam os dois irmãos jantando numa taberna escura da localidade, quando surgiu pela porta, cambaleando de bêbado, o Manuel Peres Vigário. Sentou-se à mesa deles, e pediu vinho. Daí a um tempo, depois de vária conversa, pouco inteligível da sua parte, lembrou que tinha que pagar-lhes. E, puxando da carteira, perguntou se, se importavam de receber tudo em notas de cinquenta mil réis. Eles disseram que não, e, como a carteira nesse momento se entreabrisse, o mais vigilante dos dois chamou, com um olhar rápido, a atenção do irmão para as notas, que se via que eram de cem. Houve então a troca de outro olhar.
O Manuel Peres, com lentidão, contou tremulamente vinte notas, que entregou. Um dos irmãos guardou-as logo, tendo-as visto contar, nem se perdeu em olhar mais para elas. O vigário continuou a conversa, e, várias vezes, pediu e bebeu mais vinho. Depois, por natural efeito da bebedeira progressiva, disse que queria ter um recibo. Não era uso, mas nenhum dos irmãos fez questão. Ditava ele o recibo, disse, pois queria as coisas todas certas. E ditou o recibo – um recibo de bêbedo, redundante e absurdo: de como em tal dia, a tais horas, na taberna de fulano, e


«estando nós a jantar (e por ali fora com toda a prolixidade frouxa do bêbedo...), tinham eles recebido de Manuel Peres Vigário, do lugar de qualquer coisa, em pagamento de não sei quê, a quantia de um conto de réis em notas de cinquenta mil réis. O recibo foi datado, foi selado, foi assinado. O Vigário meteu-o na carteira, demorou-se mais um pouco, bebeu ainda mais vinho, e daí a um tempo foi-se embora.
Quando, no próprio dia ou no outro, houve ocasião de se trocar a primeira nota, o que ia a recebê-la devolveu-a logo, por escarradamente falsa, e o mesmo fez à segunda e à terceira... E os irmãos, olhando então verdadeiramente para as notas, viram que nem a cegos se poderiam passar.
Queixaram-se à polícia, e foi chamado o Manuel Peres, que, ouvindo atónito o caso, ergueu as mãos ao céu em graças da bebedeira providencial que o havia colhido no dia do pagamento. Sem isso, disse, talvez, embora inocente, estivesse perdido.
Se não fosse ela, explicou, nem pediria recibo, nem com certeza o pediria como aquele que tinha, e apresentou, assinado pelos dois irmãos, e que provava bem que tinha feito o pagamento em notas de cinquenta mil réis. «E se eu tivesse pago em notas de cem», rematou o Vigário «nem eu estava tão bêbedo que pagasse vinte, como estes senhores dizem que têm, nem muito menos eles, que são homens honrados, mas receberiam.» E, como era de justiça foi mandado em paz.
O caso, porém, não pôde ficar secreto; pouco a pouco se espalhou. E a história do «conto de réis do Manuel Vigário» passou, abreviada, para a imortalidade quotidiana, esquecida já da sua origem.
Os imperfeitíssimos imitadores, pessoais como políticos, do mestre ribatejano nunca chegaram, que eu saiba, a qualquer simulacro digno do estratagema exemplar. Por isso é com ternura que relembro o feito deste grande português, e me figuro, em devaneio, que, se há um céu para os hábeis, como constou que o havia para os bons, ali lhe não deve ter faltado o acolhimento dos próprios grandes mestres da Realidade – nem um leve brilho de olhos de Macchiavelli ou Guicciardini, nem um sorriso momentâneo de George Savile, Marquês de Halifax.
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Contado por Fernando Pessoa.
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(publicado pela primeira vez no diário Sol, Lisboa, ano I, nº 1, de 30/10/1926, com o título de «Um Grande Português». Foi publicado depois no Notícias Ilustrado, 2ª série, Lisboa, 18/08/1929, com o título de «A Origem do Conto do Vigário».

Arriscar é: riqueza

Fabuloso texto atribuído a Catón, jornalista mexicano.


“Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.
Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Mas eu não sou mencionado na revista.E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não?  vou mostrar a vocês:

Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo  não sei como.
Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.
Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).
Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.
E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a minha?
Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "

E você, como se considera? Rico ou pobre?

 Há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é ... DINHEIRO

Thursday, June 27, 2013

Arriscar é: navegar com Sto António

N'aquela tarde calma. Fora a pesca abundante,
Sant’António do seu nicho, assiste vigilante
À faina. Os pescadores largam já d’amarra
E, como o mar manso,lá vão de proa à barra
Alegremente em fila, o porto demandando.
O leme vai na orça, velozes vão passando
Na linha da “ carreira “. Em frente da capela;
O Santo vai contando, um por um, vela por vela.

O sol é posto já. Traiçoeiro a refrescar
O vento aflige o Santo e atormenta o mar.
Toldou-se o céu também, logo a terra escureceu
E no regaço o Santo Jesus adormeceu.
Já nas ondas envergam os novelos d’espuma
Mas, na conta das velas, inda falta uma!
Nos lábios d’António, trémulos d’amargura
Alguma praga ao mar, entre as preces se mistura.

Um ponto branco, ao sul, lá longe entre a procela,
Traz rumo aproado, à alvura da capela.
O bom do Santo ao ver, esse asa de gaivota
Que, tão audaz procura. A linha da derrota,
Empalidece, e treme, temendo-lhe o destino.
Não se atreve porém a acordar o seu Menino.
E murmura: “Jesus, Senhor! A vaga é tão alta”
“E aquela vela é, a mais pequena que me falta”

Enquanto Dura a luta, entre o mar e a vela
António nota já, não ser deserta a capela.
Uma pobre mulher, nos degraus ajoelhada
Cinge contra o seio, uma cabecita dourada;
No seu ardente olhar e nos olhos da criança,
O ponto branco brilha, como um farol d’esperança
E o pescador afoito, aproa sempre a vela
Ao vulto da mulher, à brancura da capela

O mar redobra a fúria, é um leão rugindo
E tranquilo Jesus, no regaço vai dormindo;
Mas avistando o pano, roto já p’la rajada
A cabecita d’ouro exclama apavorada:
“Ó mãe? Ó minha mãe?”
“É o meu pai, quelá vem?!
”N’isto; o Menino acorda e mui mal humorado,
O aio santo increpa, de sobrolho carregado;
“O que foi isto António?” – “Quem foi que se atreveu?
”O Santo aponta a medo, a vela, o mar, o céu.

Nos olhos da mulher, onde a vela é agravada
Uma lágrima... Uma pérola pendurada.
Desvairado ao vê-la, implora Sant’António:
“Senhor... fazei bonança... O mar é um demónio... “
Jesus serenamente, do nicho então desceu,
Com uma mãozita em concha, a pérola colheu,
O seu rosado braço, enérgico balança
E às ondas infernais, a humilde jóia lança.

Depois... sorriu ao Santo com divino afago
E no mar, defronte da capela, fez-se um “lago”
.

Um Pescador
(o autor destes versos é desconhecido, sendo atribuído a um pescador da época)

Friday, June 21, 2013

Arriscar é: Passear com Sto António

"Saira Santo Antonio do convento,
A dar o seu passeio costumado
E a decorar, num tom rezado e lento,
Um candido sermão sobre o pecado.


Andando, andando sempre, repetia
O divino sermão piedoso e brando,
E nem notou que a tarde esmorecia,
Que vinha a noite placida baixando...


E andando, andando, viu-se num outeiro,
Com arvores e casas espalhadas,
Que ficava distante do mosteiro
Uma legua das fartas, das puxadas.


Surprehendido por se vêr tão longe,
E fraco por haver andado tanto,
Sentou-se a descançar o bom do monge,
Com a resignação de quem é santo...


O luar, um luar clarissimo nasceu.
Num raio dessa linda claridade
O Menino Jesus baixou do céu,
Poz-se a brincar com o capuz do frade.


Perto, uma bica d'agua murmurante
Juntava o seu murmurio ao dos pinhaes.
Os rouxinoes ouviam-se distante.
O luar, mais alto, illuminava mais.


De braço dado, para a fonte, vinha
Um par de noivos todo satisfeito.
Ella trazia ao hombro a cantarinha,
Elle trazia... o coração no peito.


Sem suspeitarem de que alguem os visse,
Trocaram beijos ao luar tranquillo.
O menino, porém, ouviu e disse:
--Oh Frei Antonio, o que foi aquillo?...


O santo, erguendo a manga de burel
Para tapar o noivo e a namorada,
Mentiu numa voz doce como o mel:
--Não sei que fosse. Eu cá não ouvi nada...


Uma risada limpida, sonora,
Vibrou com timbres d'oiro no caminho.
--Ouviste, Frei Antonio? Ouviste agora?
--Ouvi, Senhor, ouvi. É um passarinho...


--Tu não estás com a cabeça boa...
Um passarinho a cantar assim!...
E o pobre Santo Antonio de Lisboa
Calou-se embaraçado, mas por fim,


Córado como as véstes dos cardeaes,
Achou esta sahida redemptora:
--Se o Menino Jesus pregunta mais,
...Queixo-me á sua mãe, Nossa Senhora!


Voltando-lhe a carinha contra a luz
E contra aquelle amôr sem casamento,
Pegou-lhe ao collo e acrescentou: Jesus,
São horas...
      --E abalaram p'r'ó convento".


Augusto Gil

Arriscar é: virtude sólida

"Gloriamo-nos nas nossas tribulações porque sabemos que a tribulação produz a constância, a constância a virtude sólida, a virtude sólida a esperança".
S. Paulo aos Romanos

Thursday, May 30, 2013

Arriscar é: simplificar

“ Pensai numa mãe solteira que vai à Igreja, à paróquia e diz ao secretário: Quero batizar o meu menino. E quem a acolhe diz-lhe: Não tu não podes porque não estás casada. Atentemos que esta mãe que teve a coragem de continuar com uma gravidez o que é que encontra? Uma porta fechada. Isto não é zelo! Afasta as pessoas do Senhor! Não abre as portas! E assim quando nós seguimos este caminho e esta atitude, não estamos fazendo o bem às pessoas, ao Povo de Deus. Jesus instituiu 7 sacramentos e nós com esta atitude instituímos o oitavo: o sacramento da alfândega pastoral. (...) Quem se aproxima da Igreja deve encontrar portas abertas e não fiscais da fé!"

 (Papa Francisco)

Monday, May 27, 2013

Arriscar é: viajar

Chega para muitos o tempo de viajar.
Cristo nos mandou ir até ao fim do mundo.

De que mundo?

Possivelmente até ao fim da nossa história de vida por aqui.
Aí surge muito daquilo por que seremos reconhecidos e a que
ficaremos ligados.
Vamos até lá e ver como seremos vistos. 

Wednesday, May 22, 2013

Arriscar é: dançar

Emprestaram-me este pequeno livro que vou lendo devagar. Não conhecia o autor, talvez o rosto já tenha aparecido em qualquer programa de tv.
Da sua introdução:


"Nietzsche deixou escrito que só acreditaria num Deus que dance.
Humildemente apetece-me ajuntar: eu também. (...) Durante muito tempo recusei publicar os textos que se seguem, talvez porque, sendo textos para rezar, não os considere completamente meus. O ideal seria que circulassem sem assinatura, que pudessem ser encurtados ou ampliados ao sabor das ocasiões e das sensibilidades. Vital na oração é mesmo a experiência do encontro.(...)"


O gosto dos caminhos recomeçados
O que te peço, Senhor, é a graça de ser.
Não te peço sapatos, peço-te caminhos. O gosto dos caminhos
recomeçados, com suas surpresas e suas mudanças. Não te peço coisas
para segurar, mas que as minhas mãos vazias se entusiasmem na
construção da vida.
Não te peço que pares o tempo na minha imagem predilecta, mas que
ensines meus olhos a encarar cada tempo como uma nova oportunidade.
Afasta de mim as palavras que servem apenas para evocar cansaços,
desânimos, distâncias. Que eu não pense saber já tudo acerca de mim e dos outros. Mesmo quando eu não posso ou quando não tenho, sei que posso ser, ser simplesmente. É isso que te peço, Senhor: a graça de ser de novo.



José Tolentino Mendonça; Um Deus Que Dança - Itinerários para a
Oração; 2011; Secretariado Nacional do Apostolado da Oração

Arriscar é: socialismo?

Os meus filhos são socialistas
Por Inês Teotónio Pereira
 


Não sei se são só os meus filhos que são socialistas ou se são todas as crianças que sofrem do mesmo mal. Mas tenho a certeza do que falo em relação aos meus. E nada disto é deformação educacional – eles têm sido insistentemente educados no sentido inverso. Mas a natureza das criaturas resiste à benéfica influência paternal como a aldeia do Astérix resistiu culturalmente aos romanos. Os garotos são estóicos e defendem com resistência a bandeira marxista sem fazerem ideia de quem é o senhor.
Ora o primeiro sintoma desta deformação ideológica tem que ver com os direitos. Os meus filhos só têm direitos. Direitos materiais, emocionais, futuros, ambíguos e todos eles adquiridos. É tudo, absolutamente tudo, adquirido. Eles dão como adquirido o divertimento, as férias, a boleia para a escola, a escola, os ténis novos, o computador, a roupinha lavada, a televisão e até eu. Deveres, não têm nenhum. Quanto muito lavam um prato por dia e puxam o edredão da cama para cima, pouco mais. Vivem literalmente de mão estendida sem qualquer vergonha ou humildade. Na cabecinha socialista deles não existe o conceito de bem comum, só o bem deles. Muito, muito deles.
O segundo sintoma tem que ver com o aparecimento desses direitos. Como aparecem esses direitos. Não sabem. Sabem que basta abrirem a torneira que a água vem quente, que dentro do frigorífico está invariavelmente leite fresquinho, que os livros da escola aparecem forradinhos todos os anos, que o carro tem sempre gasolina e que o dinheiro nasce na parede onde estão as máquinas de multibanco. A única diferença entre eles e os socialistas com cartão de militante é que, justiça seja feita, estes últimos já não acreditam na parede – são os bancos que imprimem dinheiro e pronto, ele nunca falta.
Outro sintoma alarmante é a visão de futuro. O futuro para os meus filhos é qualquer coisa que se vai passar logo à noite, o mais tardar. Eles não vão mais longe do que isto. Na sua cabecinha não há planeamento, só gastamento, só o imediato. Se há, come-se, gasta-se, esgota-se, e depois logo se vê. Poupar não é com eles. Um saco de gomas ou uma caixa de chocolates deixada no meio da sala da minha casa tem o mesmo destino que um crédito de milhões endereçado ao Largo do Rato: acaba tudo no esgoto. E não foi ninguém...
O quarto tique socialista das minhas crianças é estarem convictas de que nada depende delas. Como são só crianças, acham que nada do que fazem tem importância ou consequências. Ora esta visão do mundo e da vida faz com que os meus filhos achem que podem fazer todo o tipo de asneiras que alguém irá depois apanhar os cacos. Eles ficam de castigo é certo (mais ou mesmo as mesma coisa que perder eleições), mas quem apanha os cacos sou eu. Os meus filhos nasceram desresponsabilizados. A responsabilidade é sempre de outro qualquer: o outro que paga, o outro que assina, o outro que limpa. No caso dos meus filhos o outro sou eu, no caso dos socialistas encartados o outro é o governo seguinte.
Por fim, o último mas não menos aterrorizador sintoma muito socialista dos meus filhos é a inveja: eles não podem ver nada que já querem. Acham que têm de ter tudo o que o do lado tem quer mereçam quer não. São autênticos novos-ricos sem cheta. Acham que todos temos de ter o mesmo e se não dá para repartir ninguém tem. Ou comem todos ou não come nenhum. Senão vão à luta. Eu não posso dar mais dinheiro a um do que a outro ou tenho o mesmo destino que Nicolau II. Mesmo que um ajude mais que outro e tenha melhores notas, a "cultura democrática" em minha casa não permite essa diferenciação. Os meus filhos chamam a esta inveja disfarçada, justiça, os socialistas deram-lhe o nome de justiça social.
A minha sorte é que os meus filhos crescem. Já os socialistas são crianças a vida inteira.

 Retirado do Blogue "POVO"

Arriscar é: provar o amor

Se o amor não precisasse de ser provado Jesus não teria morrido na Cruz. Temos mesmo dar provas do nosso amor!